segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Relatório

Aqui fica o relatório final do nosso projeto.

Reservatórios de água subterrânea - aquíferos

Fig. 1 tipos de captação de água subterrânea
Através de técnicas apropriadas pode-se ter acesso à água que circula extemporaneamente. Chama-se aquífero a uma formação geológica subterrânea que permite a circulação e o armazenamento de água nos seus espaços vazios, permitindo normalmente o aproveitamento desse líquido pelo ser humano de forma economicamente rentável e sem impactes ambientais negativos. São as águas que precipitam sobre a superfície da Terra que se infiltram no solo por acção da gravidade e originam as água subterrâneas. Estas águas podem ser armazenadas em dois tipos de aquíferos: aquíferos livres e aquíferos confinados ou cativos.

Aquífero livre:
Fig 2 aquífero livre
Os aquíferos livres podem ser superficiais ou sub superficiais o que não só facilita a sua exploração e recarga como também a sua contaminação.

Fig 3 aquífero confinado
Aquífero cativo ou confinado:
Nos aquíferos é possível distinguirem-se as seguintes zonas:

Fig 4 solo terrestre
- Nível hidrostático ou freático: profundidade a partir da qual aparece água (corresponde ao nível atingido pela água nos poços). Num aquífero livre o nível freático corresponderá ao limite superior do aquífero, uma vez que a água está à mesma pressão que a pressão atmosférica. Esta zona é variável de região para região e na mesma região varia ao longo do ano (ver imagem e animação).- Zona de aeração: localiza-se entre a superfície topográfica e o nível freático. Nesta zona, os poros entre as partículas do solo ou das rochas são ocupados por gases (ar e vapor de água) e por água. A água desta zona é utilizada pelas raízes das plantas ou pode contribuir para o aumento das reservas de água subterrânea.
- Zona de saturação: tem como limite superior o nível freático e como base uma camada impermeável. Nesta zona, todos os poros da rocha estão completamente preenchidos por água.
Fig 5 Poço
Fig 6 Zona de aeração e de saturação
As zonas de aeração e de saturação existem num aquífero livre.Em ambos os aquíferos há a zona de recarga, zona onde ocorre a infiltração da água, embora seja localizada de forma diferente em cada um dos aquíferos. 
A captação das água subterrâneas pode ser feita nos dois tipos de aquíferos através de furos (captações) realizados por empresas especializadas em hidrogeologia. Num aquífero livre capta-se água através de poços. Num aquífero cativo, dado que a água se encontra a uma pressão superior à pressão atmosférica, a água subirá até ao nível hidrostático, designando-se captação artesiana. Pode acontecer a captação ser feita num local onde o nível hidrostático ultrapassa o nível topográfico e, nesse caso, a água extravasa naturalmente a boca da captação. Neste caso a captação designa-se de captação artesiana repuxante.
Fig 7 Captação artesiana e captação artesiana repuxante.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Recursos Hidricos

Aqui deixamos um dos últimos trabalhos realizados no âmbito dos recursos hídricos. Neste Powerpoint é referido os tipo de água que temos no nosso planeta, os modos de consumo de água e as maneiras de poupar.





Recursos Hidricos

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013


Ação publica


No dia 8 de Janeiro, fomos à escola básica de Vila Nova de S. Bento realizar um ação publica às turmas do 8º ano, com o objetivo de sensibilizar os alunos sobre os recursos hídricos.
Para a apresentação utilizámos um documento em power point e dois vídeos, que retratavam os principais problemas que ameaçam os recursos hídricos.  Quando a apresentação terminou dividimos a turma em grupos para a realização de dois jogos, que se encontravam dentro do tema do trabalho.
 





Ciclo da água


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Escassez de água e seca





Sopa de letras



Palavras cruzadas

Fig1-
Inicio da apresentação

Fig2-
Apresentação do ciclo hídrico

Fig3-
Alunos a realizar os jogos

Fig4-
Correção dos jogos



Quando terminámos a nossa sessão pedimos aos alunos e as professoras que a avaliassem com o documento que tínhamos elaborado para o efeito.



Avaliação para os alunos

Avaliação para as professoras

Avaliação para as professoras

Aqui ficam os resultados obtidos após o tratamento dos dados da avaliação dos alunos.







 A maioria dos alunos gostaram muito da palestra, acharam que os alunos dinamizadores se saíram bastante bem. Grande parte afirma ter aprendido muito acerca do tema em questão, e diz  estar muito mais interessado em mudar os hábitos em casa, promovendo a poupança de  água. 

Aqui fica o video da ação pública realizado por a Professora Leonor. :)






Analises à água dos locais em estudo




No dia 26 de Novembro fomos para o laboratório de Biologia da Escola Secundária de Serpa, realizar análises a água do poço e do barranco do aterro em estudo.


Segundo o Decreto-lei 306/2007, de 27 de agosto, os valores paramétricos para a água destinada ao consumo humano, são os seguintes:



Parâmetro

Valor Paramétrico

Unidades de medida

Cloretos

200

mg/l

Dureza total

0

mg/l

Ferro

0,1

mg/l

Nitrato

50

mg/l

pH 25º

6,5 - 8,5

pH

Turvação

4

UNT

Sulfato

250

mg/l


Os valores da análise das nossas águas foram:

Analises

Barranco da zona Industrial

Poço da Cova do Homem

PH

5,9

6,5

Fosfato

4 mg/l

3 mg/l

Sulfato

10 mg/l

10 mg/l

Ferro

0

0

Cloretos

0

0

Nitrato

30 mg/l

20 mg/l

Dureza

Pouco Dura

Pouco Dura

Turvação

2,46

0,48
 
Podemos concluir que através das análises que foram realizadas que a água de ambos os locais estão dentro dos valores paramétricos definidos para a maioria das análises efetuadas. O parâmetro mais preocupante é o pH, uma vez que se mediu o valor 5.9 na água do barranco, que se encontra abaixo dos valores permitidos - entre 6,5 - 8,5. Verificámos ainda que a água do poço está mesmo no limite inferior permitido para o pH, o que a torna não aconselhável para o consumo humano.
O fosfato, não apresenta perigo para a saúde humana, mas é prejudicial para o ambiente.
A partir das observações realizadas ao microscópio ótico, pudemos observar que na água do poço se encontravam restos de algas e algumas bactérias. Na água do barranco pudemos observar protistas e bactérias.
Devido à falta de equipamento não foi possível determinar quantitativamente ou qualitativamente quais as bactérias presentes nas nossas amostras de água.

A concentração das várias substâncias tem diferentes significados e consequências.
Teste do Sulfato
O sulfato está largamente presente em águas naturais numa vasta gama de concentrações. Não é tóxico, mas tem que ser mantido abaixo de um certo limite, de modo a prevenir a criação de um gosto desagradável da água. As concentrações são particularmente altas perto de águas com descargas mineiras. O sulfato é extensamente usado como nutriente na agricultura. 
Fig.1 Resultado do teste de sulfato da água do poço e do barranco
 
Teste do Nitrato
Os iões de nitrato estão presentes em pequenas quantidades em águas de superfície e em níveis mais elevados em algumas águas subterrâneas. Em águas residuais domésticas o nitrato encontra-se apenas em pequenas quantidades, mas se o nível for excessivo podem contribuir para metamoglobinemia: morte em crianças e adoecimento em adultos.
Teste do Cloreto
Os iões de cloreto são um dos maiores aniões orgânicos na água e nas águas residuais. Apesar das altas concentrações de cloretos na água não serem tóxicas para os humanos, a regulamentação da sua concentração é devido principalmente ao paladar. É essencial supervisionar a concentração de cloretos em sistemas de caldeiras de modo a prevenir danos nas partes metálicas. Em níveis altos, os cloretos podem corroer aço inoxidável e ser tóxicos para as plantas

Fig2 - Teste dos cloretos  da água do poço e do barranco
Teste da dureza
No passado, a dureza da água foi definida como a capacidade da água para precipitar sabão. Descobriu-se mais tarde que as espécies iónicas que causam a precipitação eram o cálcio e magnésio. Presentemente portanto, a dureza da água é na realidade uma medição quantitativa desses iões na amostra de água. A medição e consequente controlo da dureza da água é essencial para prevenir a deterioração e obstrução de canos de água.
Fig3 - Resultado do teste da dureza da água do barranco e do poço
Teste do Fosfato
Os Fosfatos são amplamente introduzidos no ambiente a partir de fertilizantes agrícolas, produtos de limpeza e de lavagem, acondicionadores de caldeiras e tratamentos de água potável.
Em níveis altos, os fosfatos estimulam o crescimento de organismos fotossintéticos que podem contribuir para eutrofização dos lagos e rios. Isto leva a que seja importante supervisionar e controlar as descargas de fosfato no ambiente.
Fig.4 -Resultado do teste de Fosfato da água do poço
Teste do Ferro
De uma forma geral, as águas subterrâneas e superficiais não contêm mais do que 1 m/L (ppm), mas devido ao escoamento de águas em zonas mineiras e industriais, já se observaram níveis mais altos de ferro.
O Ferro na água é mais um incómodo do que um perigo, podendo manchar a roupa e dar à água um sabor amargo-doce.

Fig.5 - Resultado do teste de Ferro da água do poço
Teste do pH
Representa a grandeza físico-química potencial hidrogénica ou potencial de hidrogénio iónico, visto ser calculado a partir da concentração de iões hidrogénio (H+) numa solução. A partir do valor do pH descobre-se o grau de acidez ou basicidade/alcalinidade dessa mesma solução.
Fig. 6 - pH do barranco


Teste da turbidez

Turbidez, ou turvação, é uma propriedade física dos fluidos que se traduz na redução da sua transparência devido à presença de materiais em suspensão que interferem com a passagem da luz através do fluido.
Fig.7 – Resultado do teste de turbidez da água do poço.

 

Entrevista com a Sra. Engenheira do Ambiente, Teresa Ramalho

No dia 24 de Outubro fomos ao estaleiro da câmara realizar uma entrevista à Sra. Engenheira Teresa Ramalho. Aqui ficam as informações obtidas.
A disponibilidade de água é a mesma em todas as freguesias do concelho, só a origem é que é diferente.
A câmara é responsável pela gestão em baixa, pela qualidade da água da saída do reservatório até à casa dos utentes.
Atualmente a câmara municipal não é responsável pela definição de medidas de proteção e preservação dos recursos hídricos.
A maior parte da água consumida no concelho de Serpa é para o uso doméstico.
Um estudo realizado anualmente demostra que o consumo de água no concelho de Serpa está dentro da média a nível nacional. 
Um dos grandes problemas que afetava a albufeira do Enxoé, eram as propriedades vizinhas cujo gado ia beber às linhas de água, deixando os seus dejetos, poluindo a água. Também a agricultura causa problemas a nível dos nitratos utilizados adubos, que iam para as linhas de água, contribuindo para o efeito de eutrofização.
 Atualmente não existem problemas em relação à quantidade de água e a sua qualidade tem vindo a melhorar.
Perguntas realizadas na entrevista:

  1. Conhece o estado do barranco que passa junto à Zona Industrial de Vila Nova de S. Bento e outro barranco que passa ao lado do aterro? Se sim. O que tem a dizer sobre o seu estado.
Sim! Necessita de uma limpeza a nível de desmatação.

  1. Consoante as águas superficiais ou subterrâneas, o tratamento para consumo é igual? Se não, quais as diferenças?
A diferença é que as águas subterrâneas não estão muito poluídas como as superficiais, não existem tantos resíduos sólidos nas águas subterrâneas.

  1. Porque é que a água da rede pública por vezes, apresenta uma cor amarela ou acastanhada?
O problema está em algumas canalizações mais antigas, que acabam por sofrer roturas, o que provoca a mistura com alguns sólidos com a água provocando assim a sua cor.
  1. A água da rede no concelho vem de recursos hídricos superficiais ou subterrâneos?
A água da rede pública do concelho de Serpa vem de ambas.